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Dia do Repórter: Conheça jornalistas importantes para o universo cervejeiro
Em 03/04/2023 às 11h00.

Dia do Repórter: Conheça jornalistas importantes para o universo cervejeiro

Vários jornalistas se tornaram personagens relevantes na história contemporânea da cerveja; conheça três histórias de destaque com profissionais da imprensa.

Luis Celso Jr.
Por Luis Celso Jr., cervejar.com
Jornalista e Sommelier de cerveja

Dia 26 de fevereiro é o Dia do Repórter e para comemorar a data decidimos prestar uma homenagem à contribuição desses profissionais para a divulgação da cultura cervejeira. Confira, a seguir, as histórias de três jornalistas importantes nesse universo.

O Michael Jackson da cerveja

Um dos maiores nomes da cerveja no mundo é Michael Jackson. Calma! Esse Michael não dança e não bebe Pepsi. Trata-se de um jornalista britânico, homônimo do Rei do Pop, nascido em 1942, na Inglaterra.

Michael ficou conhecido como Beer Hunter, título da primeira série sobre cervejas da televisão internacional. Ela foi exibida em 1990 no Reino Unido e nos Estados Unidos, levando os espectadores a uma “viagem” aos países cervejeiros tradicionais.

Mas essa não foi a sua primeira contribuição cervejeira. Em 1977, ele lançou o livro “The World Guide to Beer”. Na obra, Michael defende a ideia de classificação da cerveja em estilos, facilitando o entendimento do sabor, cultura e história da bebida. Foi a primeira vez que alguém tratava desse conceito, que é hoje uma das bases do entendimento de cervejas no mundo.

CAMRA

CAMRA é a abreviação de Campaign for Real Ale ou, em bom português, Campanha pela Ale Verdadeira. Trata-se de um movimento que surgiu em 1971 para defender a cerveja britânica tradicional (Real Ale) frente às industriais. Atualmente, é uma das organizações de consumidores de maior sucesso na Europa com quase 200 mil membros.

O CAMRA foi fundado por quatro jornalistas britânicos: Michael Hardman, Graham Lees, Jim Makin e Bill Mellor. Após a fundação, os rapazes escreveram muito sobre o assunto, difundindo a ideia de que havia um tipo de cerveja tradicional e orgulho nacional, estimulando o consumo da Real Ale, e denunciando os abusos das grandes indústrias, que estavam dominando os pubs.

O movimento também certificava os pubs que serviam de forma correta as Real Ales e fez um trabalho político importante buscando uma lei de incentivo para as pequenas cervejarias. Além de ser o primeiro movimento organizado do Renascimento da Cerveja, também foi, em parte, responsável pela lei de desconto fiscal britânica, de 2002.

Steve Hindy e a Brooklyn Brewery

Mas se você acha que jornalistas só escrevem sobre o assunto, está enganado. Alguns também fazem cerveja. É o caso de Steve Hindy, ex-correspondente da Associated Press no Oriente Médio. Por lá, ele aprendeu a fazer a própria bebida de forma caseira para consumo próprio, já que o consumo de álcool é proibido na região.

Em 1984, quando voltou para o seu apartamento no Brookyn, nos Estados Unidos, conheceu seu vizinho Tom Potter, um também entusiasta da bebida. Em 1988, fundaram juntos a Brooklyn Brewery, em um momento em que o Renascimento da Cerveja Artesanal florescia.

Steve fez parte da história da cerveja, criando uma das principais microcervejarias dessa fase dos Estados Unidos, com projeção mundial. Também foi testemunha da história e dos acontecimentos daquela época, retratados no livro “A Revolução da Cerveja Artesanal”.

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