Witbier: 5 rótulos com diferentes cítricos

O tempo quente praticamente pede por uma cerveja leve e refrescante. Na praia ou na beira da piscina, então, o precioso líquido é uma companhia mais do que bem-vinda. Além das cervejas convencionais, existem outras, com mais aroma e sabor, que combinam muito bem com essa situação. Já faz um bom tempo que o estilo Witbier — cerveja de trigo de tradição belga produzida tradicionalmente com cascas de laranja e sementes de coentro — conquista paladares pelo Brasil. No entanto, essa cerveja pode ser ainda mais interessante quando explora outros cítricos. Que tal conhecer algumas opções para ter como opção na hora daquele calorão?

Hoegaarden

A Hoegaarden é a cerveja que ressuscitou o estilo Witbier, que desapareceu na década de 1950. O responsável pelo feito e criação da cerveja foi Piere Celis, um leiteiro que foi ajudante de cervejeiro e produziu esse tipo de cerveja antes do sumiço. De memória e com ajuda dos habitantes da cidade belga de Hoegaarden, ele então reviveu essa tradição e batizou a cerveja com o nome da cidade.

Essa é a referência mundial de Witbier, feita com malte de cevada, trigo não malteado, cascas de laranja Curaçao e sementes de coentro — um tempero parecido fisicamente com pimenta-do-reino, mas que traz toques cítricos, condimentados e florais. Isso resulta em uma cerveja de notas cítricas, remetendo à casca da fruta, com toques que lembram miolo de pão e noz-moscada, principalmente. Pouco alcoólica, levemente ácida, com corpo baixo e final seco, é muito refrescante.

Outro rótulo muito famoso nesse formato é a Blue Moon.

Leopoldina Witbier

Apesar dos guias de estilo de cerveja permitirem há muito tempo a troca das sementes de coentro por outros condimentos, a troca das cascas de laranja por outros cítricos só veio recentemente. Mesmo assim, já era algo explorado pelas cervejarias. A Leopoldina Witbier, uma das mais premiadas do Brasil nesse estilo nos últimos anos, usa cascas de limão-siciliano, que traz um toque cítrico mais perfumado e agudo.

A cerveja é marcada pela delicadeza. Muito leve, com aromas e sabores delicados e bem equilibrados, lembra a fruta, com toques de trigo e condimentado típico das sementes de coentro, remetendo a notas florais e de noz-moscada. Foi eleita a melhor Witbier do Brasil pelo World Beer Awards em 2023 e 2019, além de ganhar a medalha de ouro no Concurso Brasileiro da Cerveja este ano, entre outros prêmios ao longo de sua história.

Assim como a Leopoldina, a Cerveja Praya também leva limão-siciliano na receita.

3 Orelhas Fazendinha

Outros tipos de limão também podem ser explorados nesse estilo de cerveja. É o caso do limão-cravo, típico do interior do Brasil e muito comum em quintais e pequenas propriedades. A cerveja 3 Orelhas Fazendinha é uma Witbier que usa cascas dessa fruta e semente de coentro. A cervejaria, localizada em uma propriedade rural em Gonçalvez (MG), apela para seu terroir local do campo para trazer personalidade para a bebida.

Louvada Witbier

Também do interior do país, a Louvada é uma cervejaria que vem crescendo muito nos últimos anos. Nascida em 2015 em Cuiabá (MT), produz a Louvada Witbier com sementes de coentro e cascas de Ponkan, uma das várias espécies de tangerina plantadas no Brasil. Seu aroma é bastante típico da fruta, com leves toques de miolo de pão e noz-moscada.

Trilha Xicajá

A cervejaria Trilha, de São Paulo, produziu recentemente a Tilha Xicajá em parceria com a Casa de Francisca, considerada a menor casa de shows de São Paulo. Ela é uma Witbier com cajá, fruta cítrica típica do Brasil. Diferente das demais apresentadas até aqui, ela leva a fruta de fato, e não sua casca, que é bastante adstringente. O resultado é um sabor intensamente frutado, cítrico e bem brasileiro.

Você gosta do estilo Witbier? Conte para a gente qual a sua favorita nos comentários!