Queridinha do inverno: 5 rótulos de Bock para você experimentar
Mais encorpada e alcóolica, a Bock é uma cerveja deliciosa para ser consumida no inverno; conheça 5 rótulos de tirar o fôlego.
É fato. A Bock cai muito bem no inverno. O teor alcoólico mais elevado, que pode ir de 6,3% até 14,3%, dependendo da variante, causa uma sensação de aquecimento alcoólico muito bem-vinda nos dias frios. Além disso, o corpo elevado, o leve dulçor, além dos aromas e sabores focados nos maltes trazem uma sensação de conforto.
No entanto, reduzir a cerveja Bock a “uma bebida de inverno” é injusto. Apesar dessas características, não há nada que impeça você de saboreá-la onde e quando quiser. Nem mesmo o tal aquecimento alcoólico.
Além disso, é uma cerveja muito versátil nas harmonizações com comidas. Vai bem com carnes e outros alimentos ricos em açúcares e proteínas quando fritos, grelhados ou assados. Na combinação, um reforça o outro. Já a maior concentração de álcool é perfeita para contrastar a gordura dos alimentos.
Rica em cultura e história
A Bock é também um estilo rico em história e cultura. É uma das cervejas clássicas da tradição alemã, criada na cidade de Einbeck. O nome é curioso. Em alemão, “bock” significa bode. Há várias teorias para explicar a origem do nome. A mais aceita diz que no Sul do país, onde a cerveja teve mais sucesso, a contração linguística de “cerveja de Einbeck” com o sotaque local levou ao nome “Bock Bier”.
A Bock também é múltipla, tendo muitas variações que surgiram com o tempo e se estabeleceram como estilos próprios. Abaixo, preparamos uma lista com cinco exemplares de diferentes derivações de Bock para você experimentar.
Tião Bock – Tradicional Bock
A Tião Bock é um exemplar fácil de se encontrar nos mercados. Ela pertence à marca Black Princess, do Grupo Petrópolis. Dona de sabores tostados e caramelizados, conta com rapadura na receita e tem corpo médio, além de 6,5% de álcool. Um ótimo primeiro passo nas cervejas desse estilo.
Narcose e Juan Caloto Goat Fish Head – Tradicional Bock
Produção colaborativa entre as cervejarias Narcose e Juan Caloto, essa é uma das melhores cervejas Bock nacionais dos últimos tempos. Tem cor acobreada, corpo médio-alto, mas não é doce e enjoativa, atingindo um ótimo drinkability. No aroma e sabor, há uma grande complexidade de notas de malte como cascas de pão, tostado, biscoito, toffee, caramelo e suaves uvas-passas.
Bamberg Maibaum – Maibock
Nem toda a Bock foi feita para o inverno. A Maibock surgiu especificamente para a primavera, que começa no mês de maio no hemisfério norte. Diferente das suas irmãs, ela tem cor clara, dourada, e traz notas de panificação. Ela também pode ter um suave toque de lúpulo floral, normalmente ausente ou muito baixo nas demais. A Cervejaria Bamberg, da Votorantim, produz a Maibaum, um dos poucos exemplares nacionais desse estilo.
Paulaner Salvator – Doppelbock
As Doppelbocks são ainda mais encorpadas e alcoólicas, podendo chegar a 7,9%. São também mais tostadas, com notas de castanhas e biscoito predominantes, além de um toque de frutas secas, como uvas-passas e ameixas secas. A primeira cerveja desse estilo foi a Paulaner Salvator, criada em um mosteiro na Alemanha. Originalmente, era uma cerveja consumida durante a quaresma, mais intensa para sustentar os monges nos períodos de jejum. Por isso, também é conhecida como “pão líquido”.
Schneider Aventinus Weizen-Eisbock – Eisbock
As Eisbock são Bocks ainda mais alcoólicas, pois passam por um processo de congelamento. Sim! A cerveja é congelada. À medida que descongela, o álcool torna-se líquido antes da água, arrastando os sabores para a bebida. Depois, o gelo é retirado. O resultado é uma cerveja concentrada podendo chegar a 14% de álcool. Experimente a Schneider Aventinus Weizen-Eisbock, feita com base em uma cerveja de trigo escura.