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5 cervejas Imperial Stout para esquentar seu inverno
Em 12/07/2023 às 11h30.

5 cervejas Imperial Stout para esquentar seu inverno

Escuras, encorpadas, alcoólicas e com várias camadas de sabor, essas cervejas conquistam até os paladares mais exigentes; confira.

Luis Celso Jr.
Por Luis Celso Jr., cervejar.com
Jornalista e Sommelier de cerveja

Quando falamos em cervejas intensas e alcoólicas, daquelas que esquentam o corpo no inverno, é impossível não citar a Imperial Stout. Ela ficou muito conhecida pelo seu alto teor alcoólico, que varia entre 7% e 12%, e se tornou uma das queridinhas dos cervejeiros. Hoje, serve de base para produtos maturados em madeira ou pastry beers -cervejas que simulam sobremesas.

Mas como esse estilo surgiu e de onde vem o nome “imperial”? A seguir, saiba mais sobre a Imperial Stout e conheça cinco rótulos para degustar nesse inverno.

Origem nobre

A fama e o alto teor alcoólico não são as únicas qualidades das cervejas Imperial Stout. A complexidade sensorial também é um dos seus pontos fortes. Pretas, encorpadas e com várias camadas de sabor, elas conquistam até os paladares mais exigentes. Entre os aromas e sabores, podem estar notas de chocolate, cacau e café, além de tostadas e de caramelo, com presença marcante de frutas secas, como uvas-passas e ameixas secas.

Reza a lenda que a cerveja surgiu por consequência de um pedido do czar russo Pedro, o Grande. Ao visitar a Inglaterra no final do século XVII, ele teria se apaixonado por essa bebida forte e escura, ordenando que fosse enviada para a Rússia. Para suportar bem a viagem pelo Mar Báltico, ela teria recebido mais lúpulo, conhecido por ser um conservante natural.

Essa cerveja ainda não era o estilo Stout que conhecemos hoje, que só surgiria bem mais tarde, no século XIX, como uma derivação da Porter. Acontece que, na época, o termo “Stout” era muito usado no meio cervejeiro como sinônimo de forte, uma referência ao maior teor alcoólico da bebida em relação às versões normais.

Após a morte de Pedro, Catarina, a Grande, também facilitou a importação da cerveja, fazendo com que o comércio cervejeiro entre os dois países durasse por mais de cem anos. A relação entre a nobreza russa e essa cerveja foi tão forte ela recebeu o prefixo “imperial” justamente por isso.

Wäls e Dum Petroleum

A Petroleum foi criada como cerveja caseira pela DUM Cervejaria, de Curitiba (PR). Em 2012, a receita foi licenciada e começou a ser produzida pela mineira Wäls. Após a DUM se profissionalizar anos depois, também começou a produzir a sua Petroleum. Ou seja, hoje existem duas versões no mercado: Wäls Petroleum e DUM Petroleum.

Apesar de serem do mesmo estilo, são razoavelmente diferentes no aroma e sabor. Por isso, vale a pena provar ambas. Alguns pontos em comum, no entanto, são a alta viscosidade do líquido preto — motivo para o nome — e o de cacau inserido na receita, reforçando o aroma de chocolate amargo.

Schornstein Imperial Stout

A Schornstein surgiu em Pomerode (SC), considerada uma das cidades mais alemãs do Brasil. Hoje, ela faz parte do grupo Companhia Brasileira de Cerveja Artesanal (CBCA) ao lado de outras marcas. Com isso, os rótulos ficaram mais fáceis de encontrar nos mercados, inclusive a Schornstein Imperial Stout, um ótimo exemplar de 8% premiado com medalha de prata no South Beer Cup, em 2014.

Leopoldina Imperial Stout

Premiadíssima, a Leopoldina Imperial Stout é uma deliciosa versão de 9% que vem em lindas garrafas de espumante de 750 ml. Ela passa por um período de maturação de três meses em barricas de carvalho francês para dar um toque final mais complexo, porém sutil, de baunilha.

Fuller’s Imperial Stout

Desenvolvida em colaboração com a escritora Melissa Cole, a Fuller’s Imperial Stout apresenta uma adição de botões de rosa, que realçam o sabor floral do lúpulo Centennial. Com uma aparência viscosa e a cor preta, a cerveja oferece aromas intensos de chocolate e café, com notas sutis de frutas e flores. Na boca, a textura é aveludada e encorpada, com um amargor persistente e 10,7% de teor alcoólico.

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