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4 cervejas para entender as Lagers
Em 10/12/2021 às 10h00.

4 cervejas para entender as Lagers

No aroma e sabor, as Lagers são mais neutras em compostos de fermentação. Mas, nem toda Lager é clara, leve ou antiga. Confira quatro exemplos para aprender sobre elas.

Luis Celso Jr.
Por Luis Celso Jr., cervejar.com
Jornalista e Sommelier de cerveja

A divisão das cervejas em Lagers e Ales é, talvez, a mais importante classificação utilizada no universo da cerveja. Você já leu sobre ela aqui. Se não leu, corre lá antes de começar esse texto. Eu espero.

Para além dos fatores técnicos, há também diferenças sensoriais entre as cervejas dessas duas famílias. As cervejas de alta fermentação são mais complexas, ou seja, têm mais camadas sensoriais. Uma delas é composta pelos aromas e sabores que vêm dos maltes. Outra, pelos lúpulos. E há ainda uma terceira, que vem dos subprodutos da fermentação.

Esses subprodutos são compostos químicos produzidos em pequena quantidade pelas leveduras, durante a fermentação, mas com grande impacto sensorial. São ésteres e fenóis, por exemplo, que dão origem às notas de banana e cravo de uma Weizenbier.

Já as Lagers têm aromas e sabores mais ligados aos maltes e lúpulos. São mais “neutras” na fermentação, pois não têm a presença de notas frutadas e condimentadas que vêm dos subprodutos. Uma Bohemian Pilsener é um bom exemplo.

Pilsner Urquell – Bohemian Pilsener

Toda a cerveja desse estilo lembra malte, com notas de cascas de pão, suave biscoito e lúpulo, com toques mais herbáceos. Ou seja, os subprodutos frutados e condimentados estão ausentes aqui.

A Pilsner Urquell é historicamente importante. Trata-se da primeira cerveja clara e dourada do mundo, elaborada em 1842, pelo cervejeiro alemão Joseph Groll, na cidade de Plzen, na República Checa. Ela inaugura o estilo. Tem também amargor e corpo médios, com suave dulçor residual ao final. Vale experimentar!

HB Dunkel – Münchner Dunkel

Um mito importante para a gente derrubar é que nem toda Lager é clara. O estilo Münchner Dunkel é a prova disso. Aliás, “dunkel”, do alemão, significa escuro. E nada melhor que provar uma Hofbräu (HB) Dunkel para entender isso. De cor marrom, apresenta aromas e sabores de biscoito e leve chocolate, com dulçor e amargor também bem equilibrados e corpo médio. Delícia!

Paulaner Salvator – Doppelbock

Mais um mito a derrubar: nem toda Lager é “levinha”. Cervejas do estilo doppelbock exemplificam isso. A Paulaner Salvator foi a primeira desse estilo no mundo e tem 7,9% de teor alcoólico. Marrom acastanhada, tem aroma e sabor principalmente tostado, com biscoito e castanhas, e com leves toques de caramelo e toffee, corpo alto e final mais adocicado.

Dogma Quantum Cold IPA – India Pale Lager (IPL)

Muita gente também acha que Lagers são cervejas mais maltadas, pouco amargas ou até mais antigas. Bem, a Dogma Quantum Cold IPA está aqui para provar que tudo isso não faz sentido. Ela é o que chamamos de India Pale Lager, ou seja, uma receita de IPA com levedura de baixa fermentação. A ideia é deixar a cerveja o mais neutra possível, para que só os lúpulos brilhem.

A Quantum conta com os lúpulos Centennial, Chinook, Cascade, Simcoe e HBC522, que trazem notas cítricas, como limão, tangerina e maracujá; resinosas, como pinho; frutadas, como abacaxi; e florais. Tudo isso com alto amargor e final seco.

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