3 estilos alemães que fazem sucesso na Oktoberfest
Além das já tradicionais Märzen e Oktoberfest, esses estilos também surpreendem na mais conhecida festa cervejeira.
Apesar de a Oktoberfest ser muito conhecida como uma festa cervejeira, ela é muito mais do que isso. A comemoração teve início como festa de casamento e, desde a primeira edição, cumpre seu papel de entretenimento. No início, uma corrida de cavalos dava o tom da festa. Hoje, o evento conta com diversas atrações, como em um verdadeiro parque de diversões, com roda-gigante, trem fantasma, barraquinhas e até montanha-russa.
No entanto, talvez sua verdadeira vocação seja a celebração da própria cultura alemã. E, é claro, a cerveja é parte importante de tudo isso. Que tal, então, conhecermos alguns estilos que fogem do óbvio, e fazem sucesso na festa, além das conhecidas Märzen e Oktoberfest?
Münchner Dunkel
A Münchner Dunkel foi, por muito tempo, a cerveja emblemática de Munique, capital do Reino da Baviera. Ela é fruto de um passado distante, pré-Revolução Industrial, no qual toda a cerveja europeia era basicamente marrom. “Dunkel” significa escuro, em tradução livre, do alemão.
Foi a primeira cerveja dos bávaros, já que a região se dedicava, basicamente, ao vinho branco, até o século 15. A levedura de baixa fermentação só foi descoberta no século 17, o que deu origem à família de cervejas Lager, a linhagem mais popular do mundo.
Esse estilo atingiu sua maturidade no século 19, como uma cerveja marrom, com bom equilíbrio entre amargor e dulçor medianos, e muito agradável de beber. Os aromas e sabores principais vêm dos maltes.
Experimente a HB Dunkel, da Hofbräu, cervejaria que pertence, em parte, à própria prefeitura de Munique, e que já foi responsável por abastecer a corte real bávara.
Münchner Helles
A Münchner Helles é um estilo mais moderno, nascido na cervejaria Spaten, em 1870, na Alemanha. Este estilo de cerveja nasceu como revanche bávara à criação da cerveja Pilsen, na República Checa, em 1842, a primeira cerveja dourada e clara do mundo. Do alemão, “helles” significa “claro”.
O surgimento da Münchner Helles só aconteceu, quase 30 após a criação da cerveja checa, por conta da água de Munique, que é muito mineral, o que favorece o escurecimento da cerveja. Ou seja, os alemães tiveram que aprender a tratar a água da região, para também poderem produzir uma cerveja dourada e brilhante.
É uma cerveja delicada, de baixo amargor, com aromas e sabores de cascas de pão e leve lúpulo floral, com final seco e refrescante.
Experimente a Spaten Helles, já disponível no Brasil, para entender a leveza deste estilo.
Weizenbier
As cervejas de trigo alemãs são chamadas de Weizenbiers (“weizen” quer dizer trigo) ou Weissbiers (“weiss” é branco, em alemão). São típicas da região de Munique. Mas, no passado, já foram proibidas.
Com a promulgação da Lei da Pureza da cerveja alemã (Reinheitsgebot), em 1516, as únicas matérias-primas permitidas na bebida eram o malte de cevada, o lúpulo e a água. Nesta época, a levedura não era conhecida, e o malte de trigo foi deixado de fora.
O malte de trigo só voltou a ser permitido após a unificação da Alemanha, em 1871, porém, apenas, para as cervejas de alta fermentação, como as Weizenbiers.
As Weizenbiers possuem aromas e sabores frutados e condimentados, frequentemente, descritos como de banana e cravo. Têm toques de cascas e miolo de pão, perfil adocicado e levemente ácido, corpo médio e bastante carbonatação, o que traz leveza e refrescância.
A dica é experimentar a Paulaner Weizenbier, uma das referências mundiais desse estilo.