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Não caia na mentira: derrubamos 8 mitos sobre cerveja
Em 01/04/2022 às 10h00.

Não caia na mentira: derrubamos 8 mitos sobre cerveja

Pegadinhas do Dia da Mentira são normais. Mas, o que não dá para perdoar são os mitos que envolvem a cerveja no dia a dia. Aqui, derrubamos os oito principais, confira.

Luis Celso Jr.
Por Luis Celso Jr., cervejar.com
Jornalista e Sommelier de cerveja

Já é clássico: 1° de abril é dia de pegadinhas em todo o mundo. No Dia da Mentira, temos autorização para contar algumas mentiras inocentes em tom de brincadeira. Mas, e aquelas inverdades sobre cerveja que vemos todos os dias? Para elas, não há perdão.

São mitos que precisam ser desfeitos para melhorar a forma com que lidamos com a bebida. Selecionamos aqui oito mitos que precisam ser derrubados e explicados. Confira.

Existe cerveja de gás Hélio

Não, não existe. Essa é uma das pegadinhas de 1º de abril mais famosas da internet. O vídeo foi feito pela Samuel Adams e rapidamente viralizou. No vídeo, dois degustadores experimentam a Heliyum e acabam falando com vozes finas – como aconteceria se respirassem o gás de balões. Anos depois, a cervejaria repetiu a pegadinha em um novo vídeo.

Tecnicamente, seria quase impossível dissolver o gás Hélio em uma cerveja, já que a pressão necessária seria absurdamente alta (mais de 180 psi).

Puro malte é melhor

Pela atual legislação, o termo puro malte só pode ser empregado para cervejas que tenham obtido 100% dos açúcares necessários para sua feitura a partir do malte de cevada. Ou seja, esse termo garante apenas que não foi utilizado outro malte ou outro cereal na sua composição.

Se por um lado isso é bom – o consumidor pode escolher o que quer beber –, por outro não garante qualidade. Existem muitos outros aspectos que influenciam, desde a qualidade desse malte e das demais matérias-primas, até inúmeros processos durante a fabricação. Isto é, podem existir péssimas cereja puro malte se houver um erro ou falta de cuidado na fabricação ou ótimas cerveja que não são puro malte.

Por exemplo: cervejas de trigo são feitas com um grande percentual de malte de trigo e, por isso, não podem ser chamadas de puro malte.

Cerveja escura é doce (ou mais forte)

Aqui no Brasil, nos acostumamos com cervejas escuras doces por conta da Malzebier – um tipo de cerveja adoçada. No entanto, a maneira mais tradicional de fazer estilos escuros é por meio de maltes torrados, que trazem, na verdade, um amargor semelhante a um café sem açúcar.

Da mesma forma, nem toda a cerveja escura é mais forte, no sentido de mais alcoólica. Algumas são super leves, como a Guinness, uma Irish Dry Stout de 5%.

Cerveja deve estar sempre ‘estupidamente’ gelada

Alguns tipos de cervejas, quando muito geladas, perdem parte dos aromas. Isso porque, eles são compostos químicos voláteis, que se tornam gás a partir de certas temperaturas e chegam ao nosso nariz. Por isso, cada estilo de cerveja tem uma faixa de temperatura indicada para o consumo.

Os ingleses (ou alemães) tomam cerveja quente

Mentira. Como hábito, nós brasileiros gostamos da nossa cerveja bem geladinha. No entanto, nem todos os povos e culturas pensam dessa forma. Na Inglaterra e na Alemanha, por exemplo, em geral, se bebe cerveja menos gelada, mas nunca quente. Dependendo do estilo, elas são resfriadas em diferentes temperaturas, que variam de 4º C a 18º C.

Cerveja deitada gela mais rápido

Na vertical ou na horizontal, a quantidade de líquido e a espessura da embalagem são as mesmas. Ou seja, não faz diferença a posição da cerveja no tempo de resfriamento.

Cerveja engorda e ‘dá barriga’

A quantidade de calorias de uma cerveja é praticamente a mesma a de um suco de laranja – que é considerado saudável. Portanto, beber uma cerveja não engorda. Mas, você pode ganhar peso se tomar muitas, pois há um efeito cumulativo, igual ao que acontece com qualquer alimento. Até com o suco de laranja.

Cerveja em garrafa é melhor que em lata (ou vice-versa)

Não há diferença entre a cerveja que vai para a lata ou garrafa. Muitas vezes, elas partem de uma mesma fabricação, de um mesmo tanque. E se conservadas de forma adequada – em temperaturas baixas, longe da luz ultravioleta e na vertical –, não há uma que seja melhor que a outra.

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