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Mascotes na cerveja: de amuletos a instrumentos de marketing
Em 06/01/2022 às 10h00.

Mascotes na cerveja: de amuletos a instrumentos de marketing

Mascotes são figuras carismáticas, de alto apelo emocional, que ajudam a chamar atenção para a marca e o produto.

Luis Celso Jr.
Por Luis Celso Jr., cervejar.com
Jornalista e Sommelier de cerveja

Elas estão nas marcas, nos rótulos e até em outros materiais das cervejarias. São simpáticas e mexem com você – mesmo que não se dê conta disso. Mascotes existem há muito tempo e entraram na publicidade para gerar conexão com o consumidor. Se bem utilizadas, podem ser um poderoso instrumento de marketing também no meio cervejeiro.

As mascotes (sim, é feminino!) podem ser animais, pessoas ou objetos utilizadas para representar grupos, marcas, empresas e eventos. A palavra vem do francês, do título da ópera “La Mascotte”, criada pelo compositor Achille Edmond Audran, em 1880.

Hoje, as mascotes ajudam a humanizar empresas e marcas. São figuras carismáticas, de alto apelo emocional, que podem passar mensagens persuasivas com bom humor e maior receptividade por parte do público. Além disso, ajudam a chamar atenção para a marca e o produto. De fato, algumas são tão memoráveis que se tornam símbolos, sinônimos das marcas tão forte quanto elas próprias.

A origem está relacionada à Revolução Industrial e ao início das técnicas de impressão publicitárias, na segunda metade do século 19. São muito utilizadas no esporte e até mesmo nas Olimpíadas. Uma das mais antigas mascotes na publicidade é da Quaker, de 1877. Já o bonequinho da Michelin, chamado de Bibendum, é de 1898.

Mascotes na cerveja

No meio cervejeiro, uma das mascotes mais antigas que sem tem notícia é o carneiro, registrado como marca pela cervejaria Young’s, em 1893. Talvez por isso, parece que há uma predileção das cervejarias por utilizar animais como mascotes.

Uma das campanhas mais antigas nesse sentido é a “MyGodness, My Guinness”. Foi desenvolvida pelo artista John Gilroy, em 1928, a partir da observação de alguns animais no zoológico. Você pode até não lembrar de todos eles mas, com certeza, lembra do tucano com uma Guinness no bico. Ela durou até a década de 1960!

A escocesa Hervieston tem o ratinho – animal que era comum nos estoques de malte. Dizem que o ratinho que virou mascote foi um grande companheiro do mestre cervejeiro.

Já a Brooklyn, de Nova York, tem uma história parecida, com um gato chamado Monster, que falavam que vigiava o estoque. O gato ganhou até uma cerveja, a Brooklyn Monster Ale, porém a bebida deixou de ser produzida quando ele morreu, em 2012.

Por sua vez, a escocesa Brewdog tem um cachorro como mascote. Outro cão famoso é o da norte-americana Lagunitas. Mas, diferente dos outros bichos até aqui, esse não existiu de verdade.

As brasileiras

Aqui no Brasil, podemos dizer que começamos bem. Uma das primeiras cervejarias artesanais modernas foi a Colorado, fundada em 1996, que tem o urso pardo como seu símbolo. Recentemente, ele passou a estrelar até propagandas da marca na televisão e é o principal personagem da rede de franquias Bar do Urso.

E há inúmeros outros exemplos: as caveirinhas que aparecem nos rótulos da Everbrew, de Santos (SP); as capivaras da Cervejaria Blumenau (SC); a vaca da Seasons, de Porto Alegre (RS); e o macaco da ThreeMonkeys, do Rio (RJ) – todos querem uma foto com ele nos eventos.

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