Chopp na lata: grandes cervejarias apostam na inovação
Apesar de ser uma novidade entre as grandes cervejarias, cervejas não pasteurizadas em lata ou garrafa já são comuns no segmento das artesanais.
As grandes cervejarias estão cada vez mais diversificando seus produtos em busca de consumidores, que estão mais exigentes. Um dos últimos avanços nesse sentido é o lançamento do chopp na lata. O primeiro a apostar nesse segmento foi o Grupo Petrópolis com o lançamento da Itaipava ITA-Draft em janeiro deste ano para a turnê do astro Thiaguinho. Em maio foi a vez da Ambev, que lançou o Chopp Brahma em lata no Rio de Janeiro.
Itaipava ITA-Draft: chopp na lata
A Itaipava ITA-Draft especial, estampada com a imagem do cantor, está sendo vendida nos shows da turnê Tardezinha, que vai passar por 27 estados até dezembro deste ano. Ela é retomada após mais de 162 apresentações e dois anos de hiato em razão da Pandemia de Covid-19. Em março, o cantor apareceu inclusive na novela Travessia da TV Globo fazendo um show exclusivo, onde o produto apareceu com destaque.
Apesar dessa versão ser uma edição limitada, a ITA-Draft mesmo deve continuar. Ela foi apresentada pelo Grupo Petrópolis em maio num grande estande na APAS SHOW 2023, considerada a maior feira de alimentos e bebidas das Américas. Na ocasião, a vice-presidente de marketing do Grupo Petrópolis, Danielle Bibas, contou que em breve o produto também deve ganhar uma versão na garrafa long neck.
Chopp Brahma em lata
Já o Chopp Brahma em lata foi lançado em alguns bairros do Rio de Janeiro. Segundo a empresa, foram cinco anos de projetos e pequisa no Centro de Inovação Tecnológica da Ambev para seu desenvolvimento.
A novidade é vendida exclusivamente por meio da plataforma Zé Delivery, responsável pela logística — que não é simples! Por se tratar de um produto não pasteurizado, ele deve ser mantido refrigerado da produção até o consumo. A previsão da Ambev é de começar a levar a novidade para outros estados do Sudeste em breve.
Diferença de chopp e cerveja
Chopp é o nome dado à cerveja que não passa pelo processo de pasteurização, uma espécie de choque térmico aplicado ao produto já finalizado e que garante mais durabilidade. Esse processo acaba com os micro-organismos que estão dentro da embalagem, eliminando assim um dos principais fatores responsáveis pela degradação rápida da cerveja.
No entanto, a pasteurização tem consequências. Ela impacta consideravelmente no aroma e sabor, que pode ficar diminuído ou até desenvolver defeitos sensoriais. Por isso, o chopp fresco é sempre mais saboroso que sua versão pasteurizada, porém muito menos durável. Todo o esforço, então, é para equilibrar o melhor do sabor com o máximo de durabilidade.
O chopp deve ser mantido refrigerado para que os micro-organismos não se ativem em temperaturas mais altas, evitando assim a degradação do produto.
Não é inédito
Apesar da inovação que é ver chopp na lata no mercado das grandes cervejarias, cervejas não pasteurizadas em latas e garrafas já são bastante comuns na cerveja artesanal. Em mercados mais avançados, como os Estados Unidos, toda a cadeia de distribuição é refrigerada, garantindo a estabilidade do produto da fabricação ao consumidor final.
Como o Brasil tem muitas dificuldades logísticas complicando esse tipo de distribuição, a cerveja pasteurizada virou o padrão. No entanto, as não pasteurizadas estão em muitos pontos de venda especializados em cervejas artesanais por todo o país.
Você já provou a ITA-Draft ou o Chopp Brahma na lata? Conte para a gente sua experiência.