5 cervejas abrasileiradas para comemorar os 200 anos da Independência
Nossa sugestão para comemorar a data é provar os sabores que só os ingredientes tipicamente nacionais podem trazer à cerveja.
No dia 7 de setembro, o Brasil completa 200 anos da Independência. Um motivo mais que legítimo para um brinde com boas cervejas. E que tal deixar essa degustação ainda mais abrasileirada para combinar com a data?
Nos últimos anos, muitos especialistas em cerveja discutem uma identidade da cerveja nacional. É claro, estamos apenas engatinhando nesse universo da cerveja artesanal, um movimento que começou por aqui em 1995 e teve mais força apenas na última década.
No entanto, assim como as tradições de outros países têm uma certa personalidade na sua produção cervejeira, não poderíamos ter a nossa? E qual seria?
Uma das apostas é a utilização de ingredientes tipicamente brasileiros na cerveja. Algo que já vemos na gastronomia, área em que os chefs estão obtendo sucesso por aqui e no exterior, apresentando o que a cozinha nacional tem de único e peculiar.
A seguir, separamos cinco sugestões de cervejas com a “cor local” para seu brinde de 7 de Setembro. Confira,
Bodebrown Cacau IPA
O cacau é, talvez, o filho mais ilustre do Brasil. É o fruto do cacauzeiro, arvore típica das florestas tropicais americanas, que inclui a Amazônia nacional. Os indígenas já utilizavam o cacau na sua alimentação e para fazer chocolate, que foi levado à Europa pelos espanhóis apenas no século XVI.
Uma das cervejas artesanais mais famosas com esse ingrediente é a Bodebrown Cacau IPA, uma American India Pale Ale deliciosa. Ela já foi premiada com medalha de ouro no MBeer Contest, o concurso do Mondial de La Bière, em 2013. Além disso, outras variações também receberam condecorações como a Cacau IPA Wood Aged, em 2018, e a Cacau Wee, uma Wee Heavy com cacau.
Tupiniquim Saison de Caju
Caju também é uma delícia tipicamente nacional. Poucos sabem, mas o fruto do cajueiro é a castanha, sendo a polpa carnuda chamada de pseudofruto. Já era utilizado pelos nativos muito antes do “descobrimento” do Brasil, inclusive para fazer fermentados.
A Cervejaria Tupiniquim faz uma cerveja maravilhosa com ele: a Saison de Caju. Leve, refrescante, condimentada e frutada, mistura o estilo de fazenda de origem belga com nossa brasilidade. Ganhou medalha de ouro no MBeer Contest, em 2014.
Three Monkeys I’m Sour
Goiaba também é típica do Brasil e das Antilhas. E uma delícia quando misturada na cerveja. A Cervejaria Three Monkeys faz a I’m Sour, uma American Sour Ale com pitaia, que traz a cor vermelha da cerveja, e goiaba, responsável pelo aroma e sabor principal. Isso tudo combinando com a acidez refrescante da cerveja. Foi vencedora da medalha de platina, a mais alta condecoração do MBeer Contest, no ano passado.
Lohn Bier Carvoeira
A Carvoeira, da Lohn Bier, é uma potente Russian Imperial Stout de 9,5% de álcool e que leva funghi e cumaru, considerado a baunilha brasileira. Suas sementes muito aromáticas podem ser utilizadas para diversos fins, inclusive, em alimentos e bebidas. A cerveja da Lohn foi vencedora de diversos prêmios nacionais e internacionais, inclusive no MBeer Contest, quando levou ouro em 2017.
Antuerpia Kremilin Reserva
E não são apenas frutas e sementes. Madeiras nacionais também são utilizadas nas cervejas. A Amburana, árvore típica do cerrado brasileiro, é muito utilizada na cachaça. É aromática, lembrando condimentos como canela e cravo, algumas vezes.
Há várias cervejas que já utilizaram a madeira em suas receitas, a maioria é produzida sazonalmente ou em edições limitadas, como a Antuérpia Kremilin Reserva. Vencedora da medalha de ouro no MBeer Contest 2018, trata-se de uma Russian Imperial Stout maturada em barris.